30 outubro, 2010

Calor

Imagem de internet
- O suor escorre pelo corpo quente. A boca seca, implora por algum liquido que possa saciar-lhe a sede. Naquele momento as roupas molhadas pelo suor excessivo tornavam-se armaduras pesadas, debaixo de um sol de mais de 40 graus até mesmo a pele incomoda. A água do chuveiro que deveria refrescar-lhe um pouco parece se render a elevada temperatura, cai tão quente como se estivesse saíndo de uma chaleira.  Secar-se de nada adianta, em poucos minutos estará molhada de suor novamente. Dormir, comer, andar, sentar tudo se torna extremamente incomodo, até mesmo o enorme ventilador baforeia vento quente. 

A baixa umidade provoca-lhe sensações adversas. O calor que sente neste momento vem de dentro, vem do imenso desejo de saciar-se, de explorar-se, de sentir-se. Incomodada pelo fato de nada esfriar-lhe, joga-se no chão branco da varanda. Observando as crianças brincando na rua, o horizonte que parece desmanchar-se a sua frente, o céu azul sem nuvens. Deitada ali observa tudo em slow motion, a vida passa devagar queimando ao sol como tudo ao seu redor.

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