08 agosto, 2010

.Amanda



O sino da campainha soava estrondosamente, a impaciência tornou-se visível após o décimo toque. Atrás da porta de madeira descascada os raios de sol invadiam o velho apartamento. As roupas esparramadas denunciavam tudo o que aconteceu na madrugada. A taça de vinho quebrada ao chão, era uma pobre vitima da selvageria do momento. Após inúmeras tentativas, a campainha silenciou. Quem tocava não mais voltou naquela semana.  Os dias passaram então e ninguém se dera conta da ausência de Amanda. Após 2 semanas, a campainha gritou novamente. Desta vez o desespero e a impaciência ecoou no primeiro tintinar, após meia hora a porta se abriu. Os passos apressados pelo assoalho empoeirado, investigava cada pedacinho da casa a procura de alguém. Ao abrir a porta do quarto, a surpresa ...     

Um travesseiro repousava por entre as pernas de Amanda, deitada de lado, completamente nua e despida de qualquer pudor. Sem respiração, sem pulso, sem calor. Encontrava-se em companhia apenas dos travesseiros, de uma caixa de remédios vazia e  um bilhete rabiscado ...


- Minha doce amiga. Queria te dizer tanto, mas não encontro palavras.
Me caso hoje as 20 horas. Não me procure mais...

No verso do bilhete a despedida daquela tórrida relação

- Meu amor, seja feliz! Te dou a certeza que nunca mais me verás.
Te amo tanto que sem você minha vida não faz o mínimo sentido. Não se preocupe, amarei você até o fim. Até o FIM!


Texto:Isabella Mensant!



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