Chegou à hora de deixar velhos hábitos para trás, olhar pra frente e seguir. Esta não é uma história de um final triste é apenas mais uma história sobre o fim. Engana-se quem pensa que este fim foi doloroso e cinzento, apesar de que sempre haverá dor nos fins, mas neste não. O meio foi o pior momento, este sim foi doloroso e cheio de lágrimas, mas não no fim. O fim foi libertador, foi um imenso arco-íris no final de uma tórrida chuva de verão. O fim aconteceu tão naturalmente depois de anos tentando costurar os meios, mas vidas que se quebram não podem mais ser coladas, perdem sabor e cor, perdem essência... As lágrimas que um dia molharam minha face e desidratavam minh’alma aparecem sempre que vejo um filme triste ou leio textos do Caio F. mas não caem mais quando me lembro de nós. Interessante né? Nosso tempo passou, as histórias ainda estão presentes na memória, mas com carinho. Carinho sim, vivemos momentos únicos. E mesmo que você negue, nem eu e nem você, seremos os mesmos, nem viveremos as mesmas histórias, nem encontraremos pessoas iguais a nós. E é isso o que fica depois do fim. Mesmo que tivéssemos continuado nosso caminho juntos, não seriamos os mesmos do começo ou do meio, as pessoas mudam mesmo que não se note. Não sei se mudei para melhor, desde quando nos vimos pela ultima vez, mas eu mudei e muito, você nem imagina. E não mudei apenas o corte do cabelo ou as roupas do meu vestuário, mudei o meu jeito de ver o mundo, de tratar as pessoas, sabe? Hoje não acredito em pessoas que não riem com os olhos, nem as que elogiam demais. Aprendi a observar o terreno antes de acampar, aprendi que rúcula faz bem pra saúde e que protetor solar protege a pele, aprendi que as pessoas nem sempre falam o que pensam, mas quase sempre falam sem pensar... hoje sei que tenho que controlar minha ansiedade, ir ao médico regularmente, ter calma e viver do meu jeito, aprendi que nem todo fim é doloroso e nem todo começo é pura felicidade. Mas a principal coisa que aprendi foi que os dias sempre passam e o nosso aprendizado é eterno. Ainda bem!
28 janeiro, 2011
15 janeiro, 2011
sem olhar pra trás!
Imagem de Internet |
Sempre me lembrarei de você – disse com a voz tremula, enquanto as lágrimas escorriam-lhe pela face aveludada. Não sabia como seria a vida depois dali, mas sabia que não poderia continuar com aquele relacionamento que a consumia desesperadamente. Olhando-o com a vista embargada de sofrimento, sabia que não teria coragem de vê-lo partir. Decidiu então, que era o momento de sair sem olhar para trás. Lera no livro de algum escritor desconhecido, que - nunca podemos perder o que nunca possuímos, lembrou-se da frase como um sinal. Consolava-se revirando o baú de memórias que insistia em guardar em si. Olhava o céu cinzento, chovera tanto naqueles últimos dias, que se ludibriou - Até São Pedro chora a minha dor. ;Olhando o céu, imaginou-se pássaro, voando livre pelo ar. Com um diminuto coração, que ama apenas o vento e as flores, que olha o mar de cima, que não sofre com separações.
Saiu da sala e não olhou pra trás, mas pra que olhar se podia sentir? Não precisava postar seus olhos, nem curvar seu rosto para saber que o que deixara pra trás era sua vida. Seu coração via muito mais que seus olhos e sofria muito mais ainda. Não sabia como seria o caminho a sua frente, tinha sonhos demasiados, esperanças demasiadas e agora um coração demasiadamente seu. Não seria fácil, sabia, mais haveria de conseguir. Seguir em frente depois de tudo era mais certo e bem menos doloroso do que ficar pra trás.
02 janeiro, 2011
Hiato
sentada na cadeira de rodinhas, rodava olhando o computador e as inúmeras teclas do velho teclado. Ameaçava começar, mas começar o que? não tinha ideias, as palavras escapavam da mente como pássaros que encontram a porta da gaiola aberta. Sempre tentou traduzir o que sentia. Escrevia os mais profundos segredos de sua mente e alma. Mas naquele momento, nem mesmo ela decifrava o que sentia. Ou não sentia nada a não ser o imenso vazio em sua cabeça perplexa.
...
Três pontos lhe asseguravam um começo. E um fim. mas o que botar entre o hiato que toma conta de mãos, boca, pele... tudo? melhor não botar nada. Suspira, desliga o computador e vai viver mais um hiato criativo insuportável.
P.s - Feliz 2011
Marcadores:
abstratos,
desencontros,
desilusões
Assinar:
Postagens (Atom)