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Sempre me lembrarei de você – disse com a voz tremula, enquanto as lágrimas escorriam-lhe pela face aveludada. Não sabia como seria a vida depois dali, mas sabia que não poderia continuar com aquele relacionamento que a consumia desesperadamente. Olhando-o com a vista embargada de sofrimento, sabia que não teria coragem de vê-lo partir. Decidiu então, que era o momento de sair sem olhar para trás. Lera no livro de algum escritor desconhecido, que - nunca podemos perder o que nunca possuímos, lembrou-se da frase como um sinal. Consolava-se revirando o baú de memórias que insistia em guardar em si. Olhava o céu cinzento, chovera tanto naqueles últimos dias, que se ludibriou - Até São Pedro chora a minha dor. ;Olhando o céu, imaginou-se pássaro, voando livre pelo ar. Com um diminuto coração, que ama apenas o vento e as flores, que olha o mar de cima, que não sofre com separações.
Saiu da sala e não olhou pra trás, mas pra que olhar se podia sentir? Não precisava postar seus olhos, nem curvar seu rosto para saber que o que deixara pra trás era sua vida. Seu coração via muito mais que seus olhos e sofria muito mais ainda. Não sabia como seria o caminho a sua frente, tinha sonhos demasiados, esperanças demasiadas e agora um coração demasiadamente seu. Não seria fácil, sabia, mais haveria de conseguir. Seguir em frente depois de tudo era mais certo e bem menos doloroso do que ficar pra trás.
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